segunda-feira, 8 de junho de 2009

Mais um contar

Beija-flor que conheço no amanhcer do noturno
Olhando daqui vejo grades e muros
Travessura de menino que pensa em ser homem
Com mãos calejadas diz ser perfeito
De dentro do carro o vejo seguindo
Procura uma mulher que acha que encontrou
Talvez ainda não seja aquela
Beleza nos rostos na busca pelo conforto
Horas passaram em copos de vodka
A luz se torna incômoda
E ele por várias vezes torna a procurar
Ela por várias vezes o recebe como um garoto
Gosta de ouvi-la
Gosta de tê-lo
Diz que quer uma mulher
Já ela.... ela não é mais uma garota.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Lírica

Ciranda de brincar
Utopia
Realidade
Misto de loucura e vaidade
Sublime contentamento
Viva roda-vida
Rodando
Cantigas se entrelaçam
Sorridentes sorrisos se acanham
Mãos dadas se afastam
Sons evaporados pela perda
Felizes por cada vivência
Transpassando estórias não vividas
Já não é a mesma canção
Cantada por todos
Se representa nova
Cheia de coragem
Vozes ressoando
Alegria diante de melódicas paisagens
Tudo se transforma
Em lento compasso
Dançando sob ardentes cores
Formando uma bela tela
Em que cada integrante toma o papel principal

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Brincadeira

Desejo nesse dia toda a alegria
De viver cantando todo canto novo
Quero representar todo personagem
Jogar bola em todo asfalto
Quero acordar com o sol amigo
Fazer bagunça em reunião

Vou pegar a minha solidão e dançar em plena avenida

Quero no palco ver cair o dia
A lua chegando com um livro na mão
Quero lhe entregar meus brinquedos
Vou mostrar a todos a primeira estrela
No seu caminho colorido calçar o grande céu
Te levar pra passear em minha grande bicicleta

Te levarei ao meu amigo
Meu amigo que se chama mundo

Tato

Uma tempestade em calmaria
que me assola o peito
Que me anestesia com teus lábios mornos
no calor de tuas mãos
De arrebatador se fez presente
como doentio enlace de corpos
em noites já findas
A emoção é absoluta
na indistinguível loucura de sensações
levadas pela força do vento
Agora sinto a brisa de uma lembrança
que me corrompe a todo instante
com sua mais pura insensatez

Aparência

Casa
grande casa
que sempre me vejo num cômodo qualquer
casa que me leva ao cansaço
casa que se acolhe

Lugar
aonde todos saem
sem o prestígio de serem iguais
a uma fachada descascada

Todos se acumulam sem cumprimentos

Casa grande
Acolhida pequena
Solidão apenas

Grandes portas
que batem sem rachar
Janelas se debatendo
acompanhando o assobio do vento
Móveis velhos
lembram outros tempos
Paredes decaídas
se apoiam onde não é seguro
Teto não muito agradável
para os deslizes da água

Mas quintal cheio de cores em vida