Beija-flor que conheço no amanhcer do noturno
Olhando daqui vejo grades e muros
Travessura de menino que pensa em ser homem
Com mãos calejadas diz ser perfeito
De dentro do carro o vejo seguindo
Procura uma mulher que acha que encontrou
Talvez ainda não seja aquela
Beleza nos rostos na busca pelo conforto
Horas passaram em copos de vodka
A luz se torna incômoda
E ele por várias vezes torna a procurar
Ela por várias vezes o recebe como um garoto
Gosta de ouvi-la
Gosta de tê-lo
Diz que quer uma mulher
Já ela.... ela não é mais uma garota.
Ciranda de brincar
Utopia
Realidade
Misto de loucura e vaidade
Sublime contentamento
Viva roda-vida
Rodando
Cantigas se entrelaçam
Sorridentes sorrisos se acanham
Mãos dadas se afastam
Sons evaporados pela perda
Felizes por cada vivência
Transpassando estórias não vividas
Já não é a mesma canção
Cantada por todos
Se representa nova
Cheia de coragem
Vozes ressoando
Alegria diante de melódicas paisagens
Tudo se transforma
Em lento compasso
Dançando sob ardentes cores
Formando uma bela tela
Em que cada integrante toma o papel principal
Desejo nesse dia toda a alegria
De viver cantando todo canto novo
Quero representar todo personagem
Jogar bola em todo asfalto
Quero acordar com o sol amigo
Fazer bagunça em reunião
Vou pegar a minha solidão e dançar em plena avenida
Quero no palco ver cair o dia
A lua chegando com um livro na mão
Quero lhe entregar meus brinquedos
Vou mostrar a todos a primeira estrela
No seu caminho colorido calçar o grande céu
Te levar pra passear em minha grande bicicleta
Te levarei ao meu amigo
Meu amigo que se chama mundo
Uma tempestade em calmaria que me assola o peitoQue me anestesia com teus lábios mornosno calor de tuas mãosDe arrebatador se fez presentecomo doentio enlace de corpos em noites já findasA emoção é absoluta na indistinguível loucura de sensaçõeslevadas pela força do ventoAgora sinto a brisa de uma lembrançaque me corrompe a todo instantecom sua mais pura insensatez
Casa
grande casa
que sempre me vejo num cômodo qualquer
casa que me leva ao cansaço
casa que se acolhe
Lugar
aonde todos saem
sem o prestígio de serem iguais
a uma fachada descascada
Todos se acumulam sem cumprimentos
Casa grande
Acolhida pequena
Solidão apenas
Grandes portas
que batem sem rachar
Janelas se debatendo
acompanhando o assobio do vento
Móveis velhos
lembram outros tempos
Paredes decaídas
se apoiam onde não é seguro
Teto não muito agradável
para os deslizes da água
Mas quintal cheio de cores em vida